sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Cloverfield

A primeira coisa que pensei quando o filme começou é porque diabos "Cloverfield"? Essa foi apenas a primeira de (muitas) outras perguntas que ficaram sem resposta.

O filme é rápido e muito movimentado - o lance de fazer a câmera amadora ficar pulando pra todo lado te deixa tonto, fora a tensão, elevada a última potência por não saber whatafuck is going on no filme. Pra quem está acostumado a jogar FPS no computador ou aguenta 15 minutos de MTV, dá pra encarar. Se não, é enjôo na certa. Um casal do meu lado foi embora no meio do filme. Não os culpo.

E ao final, a opinião de quem estava dentro do cinema foi unânime: eles odiaram o filme. Acho que principalmente porque não há final feliz nele. Porra, depois 90 minutos de tanta tensão, esse é um erro imperdoável mesmo.

O filme tem seus méritos: os efeitos especiais estão deslumbrantes. Eu sei que essa é a "desculpa padrão" para justificar qualquer filme, mas no caso de Cloverfield, sem efeitos especiais no mínimo, impecáveis, você não consegue dar uma chance a história, porque simplesmente não há história: você é jogado no meio da montanha russa que é as sete horas do ataque do monstro.

Mas a verdade é que o filme tenta ser "inteligente" demais botando a "história" nas entrelinhas. Ninguém merece, ao longo de um filme tão difícil fisicamente de ser assistido ter que "adivinhar" o que acontece. Podiam ter colocado um militar pra explicar o que estava acontecendo quando os protagonistas chegaram ao hospital e principalmente, principalmente, não ter matado todo mundo no final.

Terrível isso, especialmente quando você torce por eles o tempo todo, mesmo não entendendo nada do que está acontecendo (assim como eles). Num filme com uma proposta tão misteriosa, só nos resta entregar nossa torcida pelos protagonistas com toda sinceridade. E o fazemos com convicção porque com a proposta da câmera amadora, parecemos realmente estar com eles ali.

É como se nós tivéssemos morrido também, na explosão do final.

Mais uma vez pegaram a Jornada do Herói e jogaram fora pela janela.

Uma pena.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Rebobinando

2007 foi um ano, nerdisticamente falando, bem morno. Acho que nada que tivemos nele sobreviverá ao teste do Tempo. Sorry, Capitão Nascimento.

Quadrinhos
Nos quadrinhos no Brasil, a melhor revista do ano foi sem dúvida a Pixel Magazine, que mandou bem em todas as edições. Desde a antiga Vertigo, ninguém conseguia isso. Parabéns a Pixel, é um trabalho digno de nota mesmo. Mas a Panini deve ser louvada também, se não pelas novidades, pela regularidade. Foi-se o tempo de novidades escassas nas bancas, e mais ainda das histórias censuradas, cortadas, alteradas. Apesar da Pixel trabalhar com a cereja do bolo, é a Panini que segura realmente a onda nas bancas.

Então eu vou brincar de Oscar e relembrar algumas coisas:

Melhor Editora: Panini
Melhor Edição Especial: Planetary/Batman: Noite na Terra (Pixel)
Melhor Revista Seriada: Pixel Magazine (Pixel)
Melhor Reedição: Chiclete com Banana (Devir)
Melhor Minissérie: Justiça (Panini)

Já a melhor história do ano, acho que fica mesmo com Guerra Civil. Ela tem mesmo o peso que promete, ainda que o melhor, seu final, tenha ficado pra 2008. Mas 52 fica num honroso segundo lugar.

Enquanto isso, nos EUA, a DC errou a mão, mas errou a mão mesmo, com Countdown. De tão ruim, ela tira o brilho de 52 e da vindoura Final Crisis. Espero mesmo que as séries semanais parem por aí e só voltem em, digamos, 2135. Mas como elas dão dinheiro... teremos mais Didio por ai. Quem viver verá.

Já o melhor de 2007 lá fora foi The Sinestro Corps War. Que história ótima - era pra ser uma história relativamente curta, sem repercussão entre os outros títulos, mas foi tão bem escrita, ficou tão envolvente, que realmente mereceu o aumento de edições que teve. Afinal de contas, quem se importa com a cronologia de Countdown? Em segundo lugar, a série do Batman escrita pelo Morrison continua impecável, All-Star Superman é perfeita (e All-Star Batman & Robin deve ir para o lixo direto).

Das séries regulares, Wonder Woman sofreu com Amazons Attack, que começou ótima e terminou muito esquisita, só pra combinar com Countdown (sim, ele de novo). Gail Simone entrou na série, mas é cedo pra dizer alguma coisa. Teen Titans é uma boa surpresa, com o arco Titans of Tomorrow, mas vamos ver o que vem agora. Justice League of America mantém o bom nível: Ed Benes já faz história com bundas e peitos dignos da Liga e as histórias se mantém num bom nível. Justice Society of America é ainda mais regular que JLA com histórias boas, mas não memoráveis. E o Flash voltou, com Mark Waid e tudo - é o momento nostalgia da DC. Bacana, mas não essencial.

Enquanto isso, na Casa das Idéias, mataram o Capitão América, botaram o Hulk pra quebrar tudo e transformaram todo mundo em Skrulls. Seria ridículo se não fosse por um nome: Bendis. O cara segura a Marvel sozinho, às vezes. E mais uma vez, não dá pra saber quem é o escritor do ano: Geoff Johns, Grant Morrison ou Brian Michael Bendis.

Mas eu voto no Johns.

Cinema & TV
O melhor filme do ano foi, sem dúvida alguma, Tropa de Elite. Não teve pra ninguém. Dos gringos, nada me surpreendeu. Tiveram bons filmes, mas reinvenções da roda, como Os Donos da Noite e Império dos Sonhos, além dos eternos filmes cabeça, tipo A Culpa é do Fidel, O Assassinato de Jesse James..., Na Cama e outros que só meia dúzia viu.

Não que sejam filmes medianos. Alguns são excelentes, mas não trazem realmente nada de novo. Duram na sua cabeça até a próxima sexta.

Na TV, tivemos a segunda temporada de Heroes e a terceira de Lost, e mais nada de novo. Lost continua minha série preferida, mas esperar vinte anos por cada temporada é um saco. Harvey, o advogado acabou, tá na hora de comprar o box de DVDs. A TV digital chegou, grande bosta. Pra não dizer que eu não fiz nada, troquei minha NET pela digital.

E descobri o vh1. Deus salve a Viacom.

Sortidos
Bom, sem me delongar muito vamos ao resto das estátuas:

Melhor show que não fui: The Police
Melhor peça que assisti: As Histórias que o Vento Contou...
Melhor Álbum: Back to Black (Amy Winehouse)
Melhor Livro: Cabeça-Tubarão
Melhor Jogo de Computador: World of Warcraft
Melhor Jogo de Videogame: Guitar Hero III

Um ano bom, mas morno. Mas 2008 promete: Watchmen, Batman: The Dark Knight, WoW: Wrath of the Lich King, Lost 4a. temporada, Final Crisis... É esperar para ver.

Estaremos lá.

Boas Festas!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Green Lantern 25

O último capítulo de Sinestro Corps War está simplesmente impecável. Um verdadeiro presente de natal da DC. A saga do Lanterna Verde foi de longe a melhor história de 2007 e merece todos os elogios que recebeu.

Que venham agora os Black e Alpha Lanterns, the Seven Corps e a Blackiest Night, em 2009.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007