No capítulo anterior: Enterrem meu Coração na Curva do Rio.
Sempre imaginei que filósofos fossem intelectuais irredutíveis, defendendo com unhas e dentes teorias que os mortais comuns não eram capazes de visualizar o mais tênue dos conceitos. Fanboys de si mesmos. Mestres dos mistérios do universo, mas incapazes de fritar um ovo. Eis então, que me deparo com Descartes e logo nas primeiras páginas de seu trabalho mais conhecido, vejo um homem humilde que reconhece em sua própria falibilidade a chave para o conhecimento.
Virei fã dele.
O Discurso do Método é... um discurso sobre um método. Parece besta, mas em se tratando de Filosofia, o simples é frequentemente menosprezado. E que método é esse? Segundo Descartes, tudo que sabemos é baseado em uma observação, dedução ou aprendizado falho. Então é preciso que desacreditemos em tudo para novamente reaprendê-las a partir de algo muito básico: questionando. Terrivelmente simples não? Porém dessa simplicidade Descartes consegue provar, de forma irrefutável, a existência de Deus. E nem chegamos na metade do livro ainda.
Mas o que me chamou mais a atenção foi uma frase belíssima que ele usou, e que serve de base para outro famoso trabalho de sua autoria - Tratado sobre a Luz:
O Discurso do Método
(Discours de la méthode)
Coleção LP&M Pocket, vol. 458
Autor: René Descartes
Ano: 1637
Páginas: 130
Lendo agora: A Divina Comédia (Alighieri)
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Hi!
Oui, Monsieur!Descartes é um dos meus preferidos. Simplório sem perder a sofisticação!
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